A Bíblia que conhecemos em forma de livro, separada por capítulos e versículos, é muito diferente das Escrituras do tempo de Jesus. Naquela época não havia papel e a Palavra de Deus foi registrada em: papiros (folhas de uma planta, que se prensavam e colavam para formar rolos, esse material foi muito utilizado até século III d.C); pergaminhos, velinos e couro (materias produzidos a partir de peles de animais), e tabletes de argila (há registros de trechos de Jeremias 17:13 e Ezequiel 4:1 feitos neste material).
Os escritos originais, autênticos, saídos da mão de um profeta, de um apóstolo, ou de um secretário, sempre sob a direção de Deus, eram chamados de autógrafos, e não existem mais.
Segundo Normam Geisler, no livro Introdução Bíblica, não existem manuscritos produzidos antes do cativeiro Babilônico (586 a.C), mas houve uma verdadeira avalanche de cópias das Escrituras que datam de era do Takmude (livro das tradições judaicas- 300 a.C.- 500 d.C). Durante esse período surgiram dois tipos genéricos de cópias manuscritas: os rolos das sinagogas e cópias particulares.
Os rolos das sinagogas eram considerados "cópias sagradas" do texto do Antigo Testamento, porque eram feitas com regras muito rigorosas. Essas cópias eram usadas em cultos, reuniões públicas e festas anuais.
Um rolo separado continha a Torá (que inclui os livros de Gênesis, Êxodo, Levíticos, Números e Deuteronômio); parte dos Nebhiim, ou Profetas (composto por Josué, Juízes, Samuel, Reis, Isaías, Jeremias e Ezequiel) vinha em outro rolo os Kethubhim, ou Escritos (incluindo Salmos, Provérbios e Jó) em outros dois rolos e os Migilloth (Cântico dos Cânticos, Rute, Lamentações, Ester, Eclesiastes, Daniel, Esdras, Neemias e Crônicas) vinham em outros cinco rolos.
As cópias particulares eram consideradas cópias comuns do texto do Antigo Testamento e não eram usados em reuniões públicas.
Os autógrafos do Novo Testamento desapareceram há muito tempo, mas é provável que o Novo Testamento tenha sido escrito em rolos de papiro, entre os anos 50 e 100 d.C.
Somente no começo do século II, a Bíblia ganhou o formato de livro. Em 303 d. C o imperador Diocleciano iniciou uma grande perseguição aos cristãos, determinando a destruição de igrejas e a queima das Escrituras. A ironia desta passagem é que o sucessor de Diocleciano, Constantino, fez exatamente o contrário: não só acabou com as perseguições, como mandou produzir muitas novas Bíblias.
A primeira tradução do Velho Testamento foi feita em 200 anos antes de Cristo e ficou conhecida como Septuaginta. No século IV, Jerônimo fez a versão em latim, chamada de Vulgata.
fontes pesquisadas:
-Manual Bíblico Vida Nova;
-Como nos veio a Bíblia- Edgar J. Goodspeed;
-Evidência que exije um veredito- Josh McDowell;
-Introdução Bíblica- Norman Geisler
-Marco Antônio Machado
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